sábado, 27 de novembro de 2010

Capítulo VII

- Mercedes... – Raquel Maria.
- Você vai ficar bem, minha linda. Vai ficar bem. – Carlo Vitor.
Poucos minutos depois o que se escuta são sirenes.
- ¡Frida no estaba em casa! Solicité uno carro de emergencia. – Paolo.
- Fez bem. – Carlo Vitor.
- Yo voy a trácelos.
Paolo não demorou a retornar com os para-médicos que chegaram com uma maca.
- É esta a menina? – Douglas AB.
- Afastem-se, por favor. Danilo O+.
Os homens arrumaram a menina sobre a maca e um lhe tomava o pulso enquanto outro preparava uma solução anti térmica.
- Ela é alérgica a algum medicamento? – Douglas AB.
- Não sei. Ela ficará bem? – Carlo.
- Não se preocupe. Nós a levaremos ao hospital. Quem acompanhará a criança. – Danilo O+
- Eu mesmo, sou o pai dela.
- Vamos indo para o hospital municipal.
- Sabem o que aconteceu?
- Apenas o médico poderá dizer com certeza. Vamos Roberto!
Os quatro embarcaram na ambulância onde um terceiro para-médico se encontrava diante do volante.
- Não podem ir mais depressa? – Carlo Vitor.
- Estamos no limite, amigo. – Pedro B.
- Liguem a sirene!
- Acalme-se, senhor. Sua filha ficará bem. – Douglas AB.
Cinco minutos depois os dois para-médicos davam entrada no hospital empurrando a maca. Uma enfermeira apareceu de prancheta nas mãos.
- Nome? – Elena.
- Raquel Maria Andreas Miranda. – Carlo Vitor.
- Idade?
- 10 anos. Doze de maio.
- Mãe?
- Mercedes Andreas. Faleceu há dois dias.
- Pai?
- Eu. Carlo Vitor Miranda.
- Pode me acompanhar, por favor.
- E a minha filha?
- Ela ficará bem. Por aqui, por favor.
Carlo seguiu a enfermeira até a pequena sala onde o interrogou para preencher a ficha.
- Seu nome? – Elena.
- Carlo Vitor Miranda. Eu já disse isso...
- O nome da sua filha.
- Raquel Maria Andreas Miranda. Olha, eu já não lhe passei todos estes dados!
- Está bem... Ela tem alergia a algum tipo de medicação?
- Não sei,
- A paciente é filha de pais separados?
- Não chegamos a nos casar.
- ?!
- A mãe dela, Mercedes Andreas, morreu há dois dias e a criança veio morar comigo.
- Já tinham um convívio anterior?
- Não, quase nenhum.
- Como Raquel Maria reagiu?
- Nós nos entendemos.
- Ela se queixou de algo, recentemente?
- Tudo é recentemente! Ela, se queixou, sim. Disse que se sentia mal hoje cedo, e eu não dei atenção. Achei que era apenas para não ir à escola. Eu fazia esse tipo de coisa...
- Verificou se ela tinha febre?
- Nem meio grau fora do normal, eu conferi! Inclusive olhei a garganta.
- Senhor, sei que é um assunto delicado, mas Raquel Maria é uma menina que viveu sempre com a mãe, e não sabia de sua existência.
- Ela me conhecia.
- O senhor se acha capacitado para cuidar de Raquel Maria?
- Claro. Claro que sim. Eu tenho ao menos que tentar! É o que farei, Raquel vai me ajudar também. Você não sabe como ela é esperta.
- Então, é um pai dedicado.
- Obrigado.
- Onde morará com a menina?
- Rua 13, neste bairro. Residência 6, sobre loja.
- Hum...
- Olha, eu posso ver minha Raquel agora?
- Vou lhe mostrar onde ela está. Por favor, assine estes papéis para irmos.
Não demoraram a seguir pelo corredor. Entraram no quarto e um enfermeiro deixou-os sós.
- Um forte resfriado. Teve febre e irritação severa da garganta, um pouco comum nesta idade, e no inverno...
- Raquel. Raquel Maria, querida... – Carlo Vitor.