quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Capítulo VI

Raquel ficou na escola e Carlo foi para a fábrica, chegando atrasado em uma hora, tendo um dia atarefado sem ter as suas desculpas aceitas pelo chefe. Teria apenas aquela manhã de serviço, foi demitido. Por isso não havia porque ao meio-dia não estar diante do portão da escola.
- Por favor, poderia me dizer se a aluna Raquel Maria Andreas Miranda está aí? – Carlo Vitor.
- Sinto muito, todas as crianças já saíram.
- Tem certeza?
- Tenho sim, senhor. Até os professores já saíram.
- Obrigado.
Carlo sai de lá zangado com Raquel, mas não mais do que consigo mesmo por ter sido demitido. Encontrou Paolo estacionando a sua caminhonete diante d prédio em que morava.
- Paolo, onde está Raquel? – Carlo Vitor.
- ¡Yo no sé! Yo pensé que tu iba la buscar hoy. – Paolo.
- Ela não estava. Onde ela pode ter se enfiado?
- ¡Talvez ya esteja em riba!
- Vou olhar.
- ¡Cierto! – Paolo.
Ele ligou a secretária eletrônica para escutar os recados.
- Paolo, diz para Carlo Vitor vir me buscar. Eu não me sinto bem. Estou perto dos correios. – Raquel Maria.
Paolo colocou a mensagem seguinte.
- Paolo, por favor... Pede para Carlo Vitor vir me buscar, está frio e minha garganta está doendo, não consigo falar. – Raquel Maria.
- ¡Carlo, Carlo! ¡Deza aquí! ¡Ande luego! – Paolo.
- Ela não está lá em cima. – Carlo Vitor.
- ¡Aqui! ¡Escucha esto! – Paolo.
- Paolo, peça pra Carlo, cof-cof... Vir me buscar. Eu estou perto, há uma quadra, cof-cof... Do bar... Estou com frio e... Minha garganta e meu peito, cof-cof... Estão doendo muito... Por favor, fala pra ele vir logo... Minha cabeça, cof... Minha cabeça também dói. – Raquel Maria.
Paolo, não esquece, liga pra ele.
- Raquel. – Carlo Vitor.
- ¡El sonido de su voz no parece bien! – Paolo.
- Vou atrás dela. Tudo isso é culpa minha, ela disse que não se sentia bem. Vou atrás dela.
- ¡Cierto!
Carlo saiu à procura de Raquel e rodou toda a quadra atrás dela, depois correu duas quadras ao redor. Por fim, retornou ao Bar do Paolo sem êxito.
- Nada, alguma notícia dela?
- No.
- Mas que droga!
- ¿Que esto?
- Isso o que?
- ¡Shhh!
- O que?
Paolo caminhou pelo salão para um canto do seu estabelecimento.
- ¡Aqui, la niña! – Paolo.
Carlo correu até lá sem acreditar no que escutava.
- ¡Raquel! Encontré su hija. ¡Su hija!
Raquel estava caída Numa sala reservada do bar.
- Raquel, Raquel Maria... Fala comigo! – Carlo Vitor.
- ¡Ella está ardiente em fiebre! – Paolo.
- O que eu faço? Vamos Paolo, diga! Você tem filhos!
- ¡Yo no sé!
- Como não sabe?
- ¡Mi mujer siempre cuida disto!
- Liga para ela! Anda pegue o telefone e fale com ela.
Carlo pegou Raquel e sentou-se com ela em uma cadeira. O rosto da criança estava ruborizado e ardil, e ela era embalada no colo de seu pai que a abraçava temeroso.